domingo, 9 de novembro de 2014

"Benzição" - Benzedeiras - Rituais

Benzer é invocar a proteção do céu sobre pessoas ou coisas.


E vasculhando as acepções do vocábulo "benzer" e derivados, encontramos os seguintes sentidos:

"Benzer" é invocar com o sinal-da-cruz  (traçado no ar com os dedos); é invocar a graça divina sobre algo ou alguém; é também aspergir com água benta algo não destinado ao culto divino, invocando para ele a proteção divina.

"Benzedura"  ou "benzeção" é o ato de benzer com ou sem o sinal-da-cruz, acompanhado de orações com fórmulas especiais, supersticiosas. Pode ser também o emprego de bruxarias.

"Benzedor" ou "benzedeiro" é aquela pessoa que pretensamente afasta o mal.

Prefiro ficar com o primeiro significado,  porque o acho mais apropriado e mais expressivo, mais próximo dos verbos "abençoar" e "bendizer": benzer é invocar a proteção do céu sobre pessoas ou coisas.


Quanto à palavra correta para o ato de benzer, podemos nos deparar com "benzedura", "benzeção" e "benzimento" nos dicionários. Mas prefiro a fala do que a língua, a norma popular do que a culta, no presente caso, tendo em vista que o "ato de benzer" é extraído da cultura popular. Desta forma,  vou-me deixar levar pelos usos e costumes, pelo que é real e concreto, e vou-me utilizar do termo "benzição", como se fala mesmo.

Na cultura popular a "benzição" consiste em rituais que pretendem a cura de males de ordem física e espiritual. Geralmente é praticado por pessoas mais velhas, que aprenderam a benzer com as suas mães e avós. É uma prática que faz parte da tradição, que passa de geração para geração, principalmente no interior de Minas Gerais. Distante dos grandes centros, das farmácias e dos médicos, moradores da zona rural, roças e fazendas, se apegam à natureza e ao que ela tem a oferecer para suprir suas necessidades. Mas, muitas vezes, quando os remédios farmacêuticos, prescritos por médicos, não conseguem ter êxito, ou seja, quando não estão funcionando para o fim almejado, o jeito é apelar para tratamentos alternativos, sem muito ou sem nenhum respaldo científico, e que, de repente, resolve, como é o caso da "benzição". Por acaso alguém conhece alguém que benze contra cobreiro?

O ato de benzer nada mais é do que o ato de rezar e só funciona se houver fé, se acreditar em uma força divina, que detém o poder de cura. E para cada mal existe um ritual de cura.

Além de vivenciar, quando criança, esta prática, pois minha avó costumava me levar para benzer de vez em quando, e além de pesquisar um pouquinho a respeito, andei também conversando com uma amiga minha que é benzedeira, a Dona Euripa, pessoa muito boa e com muita experiência de vida. E ela me explicou várias coisinhas a respeito da "benzição". É um assunto que não se acha em livros, porque essas experiências são passadas de uma geração para a outra e oralmente. Aprende-se vendo e fazendo com os mais antigos, se tiver dom e fé, claro!

A "benzição" está mais ligada à natureza e é de ordem espiritual. É feita com rituais e visa à busca de energia de ordem espiritual e vinda da natureza, ou seja, das plantas, das águas, do ar, onde se encerra o fluido cósmico. E este fluido cósmico é propriedade divina, de Deus.


O espiritismo também se utiliza do mesmo fluido cósmico enquanto elo divino, porque este fluido vital é o que energiza as nossas vidas.  Tudo vem de Deus e volta a Deus.

Para benzer tem que ter dom e vontade, diz a Dona Euripa.

Tanto no passe espírita quanto na "benzição" são utilizadas as mãos para transmitir energias fluídicas de uma pessoa para outra. Só que no passe não é preciso tocar o doente, basta a imposição das mãos. Mas em ambos os casos há que se apelar aos bons espíritos, orar e querer o bem. Basta impor as mãos sobre a dor para acalmar, desde que tenha um sentimento de fé, fervor, vontade e confiança em Deus. E a imposição das mãos para a cura foi usada e ensinada por Jesus. As energias curativas produzidas pela imposição das mãos são de natureza magnética com o fito de reestabelecer o equilíbrio energético em nosso corpo físico e espiritual.


Na "benzição" geralmente é utilizado o toque das mãos e algum ramo, como arruda, alecrim, mirra dentre outros. É um ritual feito com palavras também.

A “benzição” procura o apoio na natureza: plantas, águas e ar. O ar, por exemplo, simboliza o movimento de transformação dos seres. E as plantas têm energia própria. A natureza tem o poder de acalmar nossas emoções, limpar nossa mente e modificar nosso padrão vibratório.


A intuição manda. O benzedor é um filtro, por isso muitas vezes, quando se está benzendo, o benzedor costuma abrir a boca para bocejar várias vezes e mesmo chorar. É uma forma de eliminar as impurezas que captou do outro.

Como se aprende a benzer? É um dom divino, cada um tem, depende da vontade, do exercício e da fé.

Existem vários rituais. Aquele que benze usa a intuição como ela pede.  Pode-se benzer de cobreiro, de erisipela, de cobra, de lagartixa, de aranha dentre outros.

As benzedeiras costumam benzer de "espinhela caída". Mas o que é isso? Também conhecida por "lumbago". Dizem que ocorre quando aparece um ossinho mole no centro e bem na parte inferior da caixa torácica perto do estômago. Geralmente quem está com a "espinhela caída" tem vômitos e dores no estômago e na barriga. Alguns dizem que a "espinhela caída" aparece quando alguém leva um susto e vomita, e depois fica inapetente por conta disso. Existem alguns rituais que acompanham a "benzição" para a cura deste mal. É preciso amarrar uma tira de tecido ao redor do corpo da pessoa, debaixo do peito, e rezar fazendo o sinal-da-cruz no lugar.

Elas também costumam benzer contra "impingem". Mas o que é isso? É uma doença de pele causada por fungos, que provoca o aparecimento de pequenas bolhas que depois que secam ficam amareladas ou avermelhadas. O ritual consiste em benzer em uma noite estrelada. Molha-se o dedo na saliva da pessoa e o aponta para a estrela no céu. As palavras utilizadas neste momento têm que estar direcionadas a Deus, pedindo a cura.

Outro famoso tipo de "benzição" é contra cobreiro. Mas o que é isso? É uma erupção de bolhas na pele, que dizem, que é causado pelo contato com um animal peçonhento, como cobra, sapo e aranha. Para acabar com este mal, a benzedeira pode enrolar algumas folhas de mamona no local, depois retira estas folhas, cortando-as com a tesoura, e as coloca para secar ao sol. E, acredita-se que à medida que o material seca, o cobreiro vai sarando.

Os elementos utilizados para se benzer são vários,  tais como: vela, tesoura, faca, carvão, ervas, água, ramos, sal, Bíblia, rosários, fios de linha, etc.

Os elementos mais populares são os que provêm da própria natureza, notadamente, o ramo. O ramo funciona como um catalisador do mal, não deixando que o mal vá para cima da benzedeira, pois quando não se usa o raminho, as benzedeiras costumam dizer que o mal "vira pra elas". Segurando uma ramo e passando-o em volta da pessoa que está sendo benzida, a benzedeira vai rezando e, se a pessoa estiver "carregada" de mau olhado, inveja ou quebranto, por exemplo, as folhas ficam "murchas".


Alguns ramos de plantas são mais utilizados para se fazer a "benzição", tais como: alecrim, arruda, mirra e manjericão.

Mas o que é isso? Benzer contra quebranto?

Quem já não se sentiu deprimido, mole ou cansado, ou já não levantou com uma "ruindade danada", mas que não sabe o que é e não consegue perceber uma causa para aquele mal estar? Aí, encontra alguém, que faz o seguinte comentário "isso é mau olhado", "isso é quebranto".  A causa seria a inveja pura mesmo! Aquela sensação de uma nuvenzinha preta pairando sobre a nossa cabeça. Parece que tudo dá errado! O jeito é procurar uma benzedeira para tirar este mau olhado.


O mau olhado ou quebranto é a doença causada pela energia negativa do olhar de pessoas invejosas ou maldosas. Muitas vezes não é intencional, mas sua força pode esmorecer o alvejado, causando-lhe sintomas de depressão, angústia, pessimismo, nervosismo e insônia. Um dos sintomas é bocejar sem parar. As crianças quando estão com mau olhado ou quebranto ficam mais inquietas, irritadas, choram mais e não conseguem ter um bom sono. Dizem que algumas crianças ficam com uma perna mais curta do que a outra.

E como pode ser feito essa "benzição contra quebranto"? A benzedeira poderá pegar um copo com água, um galho de arruda ou mesmo de alecrim, molhar o galho e ir benzendo a outra pessoa. Na medida em que o raminho molhado vai respingando água sobre a pessoa, podem ser pronunciadas algumas palavras, pedindo a Deus para retirar o quebranto sobre aquela pessoa. Segue esta sugestão para a ladinha: “Mal do ar, mal do mar, mal do fogo, mal da lua, mal das estrelas, mal do ponto do meio dia, mal do ponto da meia noite. Se tiveres com quebranto, mau olhado, feitiçaria e bruxaria, em nome de Deus e da Virgem Maria, seja levado paras ondas do mar sagrado, onde não canta o galo nem a galinha e nem tem criancinha chorando e nem cristão batizado. Depois rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria.”


A "benzição contra mau olhado ou inveja" pode ser realizada com um copo com água. Deve-se ir molhando o galho de arruda ou alecrim dentro do copo e ir fazendo o sinal-da-cruz da cabeça aos pés. No final, deve-se jogar fora a água com o galho de arruda ou alecrim do portão para fora da casa. Repetir por três dias seguidos, porque geralmente para fazer efeito a "benzição" recomenda-se a prática por três dias consecutivos. Enquanto se benze pode-se dizer: "Deus te fez, Deus te criou. Deus tire o mal que no teu corpo entrou. Em louvor de São Pedro e São Paulo, que tire esse mau olhado ou inveja". Ou pode-se dizer: "Assim como Deus criou o céu e a terra, deu forma à terra e criou a luz para afastar as trevas e criou a água para se formarem os mares, assim Ele tire de você este mau olhado ou este olho grande. Assim como Jesus nasceu em Belém para ser o Salvador, para ser o pão da vida. Assim como Jesus foi crucificado em Jerusalém  para salvar os pecadores. Assim  eu peço em nome de Nosso Senhor que se vá o mal desta criatura se por acaso o tem". E, no final, como já foi dito, joga-se para fora da casa a água com o raminho, repetindo o mesmo procedimento por três dias seguidos.


Um outro tipo de "benzição" antiga é "benzer de cobreiro". Cobreiro é uma doença de pele conhecida por herpes, que se manifesta na forma de bolhas avermelhadas e doloridas, acreditando os antigos que ele aparecia por causa do contato com roupas sobre as quais uma cobra ou outro animal peçonhento pudesse ter passado. Conta a Dona Euripa, que seu avô benzia de cobreiro com um vidro de tinta. Pegava um pena de galinha e escrevia a Ave Maria às avessas, de traz para a frente, no lugar onde estava o cobreiro, ou seja, sobre a pele infectada.

No caso do cobreiro, que exsurge como sarna e excreta uma baba, pode-se benzê-lo também com o talo de mamona. Cortam-se 03 (três) talos de mamona, benze e depois põe os talos a secar em cima do fogão. Repetir esta "benzição" por três dias para dar certo.

É comum benzer perto da água, porque a água tem propriedades energéticas, catalizadoras e de cura, ou com talo de mamona, depende da circunstância, depende do que a natureza está disponibilizando no momento. Há sempre que se utilizar da natureza a seu favor e seguir a intuição.


Também se pode benzer animais, ou seja, benzer a fim de protegê-los. "Benzer de cobra" é uma "benzição" diferente, porque consiste em falar com as cobras e fazê-las entender que elas devem ficar longe das vacas, ou seja, em um local em que as vacas não vão pisar. Isso é feito para proteger as vacas das picadas de cobras e, consequentemente, evitar que o fazendeiro tenha prejuízos com a perda do gado por picada de cobras.

Existem ainda vários tipos de "benzição"e rituais. Por exemplo: "benzer de ar nos olhos" é benzer contra a conjuntivite; "benzer de erisipela" é benzer contra aquelas manchas que aparecem na pele acompanhadas de vermelhidão, dor e inchaço da região afetada.

Alguém já ouviu que uma criança está de "vento virado" ou com o "ventre virado"? Uns dizem que é quando a criança toma um susto e vira o ventre, e isso causa diarreia de cor verde, deixando a criança mais irritadinha. Para acabar com este mal, deve-se passar a criança por baixo das pernas de um adulto por três dias seguidos. O "vento (ou ventre) virado" também ocorre quando se brinca de jogar as crianças para o alto, causando-lhe mal estar, vômito e diarreia. Um outro ritual do "vento virado" consiste em  pôr uma pessoa de ponta à cabeça na soleira da porta, ou seja, com os pés na soleira da porta e de cabeça para baixo.

Minha tia, tia Diva, que já faleceu e que também era benzedeira, me ensinou que ao sentir que alguém está lançando sobre você aquele olhar de inveja, espere ele virar as costas para sair, aí você faz com as mãos semifechadas, utilizando-se do polegar, por três vezes, o sinal-da-cruz na direção daquela pessoa, repetindo a seguinte frase "cruz-credo-ave-maria, cruz-credo-ave-maria, cruz-credo-ave-maria". É um tipo de mantra que vai proteger você contra qualquer energia negativa que lhe foi lançada por aquela pessoa.

Mas é bom alertar que a "benzição" é um tratamento alternativo, mas não substitutivo do tratamento médico. A "benzição" vai dar aquela pitadinha de fé no tratamento médico convencional, ou seja,  o aspecto psicológico tem sua importância no fator "cura". Acreditar que algo funciona, faz a diferença. Então acaba entrando a visão holística da Medicina. O homem e meio ambiente funcionam juntos como um todo integrado. E os aspectos físico, psicológico e social influenciam na cura de uma doença, existindo, ainda, a possibilidade de autocura. Mas o que deve ficar bem claro é que as curas espirituais e estes rituais de "benzição" têm o mesmo objetivo da Medicina convencional: visam o bem-estar do ser humano. E o tratamento espiritual e as "benzições" não dispensam o tratamento médico. Os dois se completam.

Ervas utilizadas para os rituais de "benzição":


Arruda (Rutagraveolens): ervinha originária da Europa. Suas folhas exalam um cheiro acre, pois contêm um óleo volátil, a rutina. Usada como inseticida, como estimulante. Suas sementes têm fama da anti-helmíntico. A arruda esteve estreitamente associada aos feitiços e superstições dos africanos escravos no Brasil e ainda hoje o povo a considera eficaz contra mau-olhado, azares e quebrantos, sendo comum o uso de pedacinhos de seu caule em breves e amuletos.


Guiné (Petiveria-alliacea): planta medicinal, usada para fins terapêuticos devido a sua excelente propriedade anti-inflamatória. A guiné no Brasil é muito utilizada, junto com a arruda, em vasos de proteção colocados à porta das casas. A guiné funciona como uma espécie de "antena" que capta as más vibrações (energias negativas). Também utilizada para banho, a guiné transmuta as energias negativas em positivas.




Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachiaamoena): rodeada de superstições, a comigo-ninguém-pode é indicada para quem quer afastar o mau-olhado. Diz-se que absorve as energias negativas das pessoas mal intencionadas. Sua folhagem muito ornamental é composta de folhas. Deve-se atentar para crianças pequenas e animais domésticos, pois é uma planta bastante tóxica.



Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata): além do seu uso ornamental, as espadas-de-são-jorge são também conhecidas como plantas de proteção contra o mau-olhado, devendo ser colocadas próximo à entrada das casas. É utilizada em rituais nas religiões afro-brasileiras. Cuidam da limpeza do ar e produzem oxigênio, ajudando a purificar o ar, na medica em que filtra sustâncias poluentes.



Alecrim  (Rosmarinus officinalis): é uma planta cercada de misticismo. Entre os povos gregos e romanos era considerada uma erva sagrada, denominada "flor por excelência". Servia para entretecer, adornar suas coroas por ocasião de certas festas. O alecrim era queimado nos santuários da Grécia antiga. Os gregos usavam coroas de alecrim em festas, como símbolo da imortalidade. E o seu fumo era utilizado na Idade Média para desinfetar e afastar maus espíritos. Nas escolas eram usadas auréolas de alecrim nas cabeças das crianças para melhorar nos exames. Usada como incenso ou carregada como amuleto para atrair bons fluidos, principalmente em casamentos, e afastar mau-olhado, quebranto e inveja. Também conhecida como "erva das benzedeiras" ou "erva das bruxas". Na Idade Média, era usada como defumador e fumigante (desinfetante) em dormitórios com pessoas enfermas. Também os egípcios usavam o alecrim em seus ritos, visto que os túmulos têm vestígios da planta. A busca da cura da alma, através do alecrim, também revelou aos povos antigos o caminho para a cura do corpo físico. A versatilidade terapêutica da planta se encontra demonstrada em suas propriedades analgésica, antidepressiva, antirreumática, antisséptica, anti-espasmódica e adstringente.


Uso mágico do alecrim: afasta olho gordo, erva da juventude eterna, do amor, amizade e alegria de viver. Erva colocada debaixo do travesseiro afasta maus sonhos. Tocar com alecrim na pessoa amada faz ter seu amor para sempre. Poção de amizade leva alecrim.

Efeitos energéticos do alecrim: diz-se que o alecrim é um “costurador do plexo solar”. Ele restitui rapidamente a energia perdida, dá mais estrutura de trabalho aos que lidam muito com o mental-racional, é uma das ervas que ajuda na depressão e estados permanentes de cansaço por problemas emocionais. Ajuda, também, muito as crianças com uma estrutura emocional passiva, as que não respondem de forma concreta às agressões da vida. Aumenta a capacidade de aprendizado. É a planta chave da falta de autoestima. Atua nos desconfiados, nos que não acreditam em si mesmos, nos que não têm coragem de se lançar em novos projetos. É a erva da coragem.

Lendas e mitos sobre o alecrim: diz a lenda que durante a fuga para o Egito, Nossa Senhora sentou-se à sombra de um pé de alecrim para dar de mamar ao menino Jesus, pendurando seu manto no arbusto. Por isso, acredita-se que a cor das flores, antes branca, tornou-se azul, e que a planta nunca atinja altura superior à de Jesus adulto.



Outro conto, diz que a Bela Adormecida foi acordada pelo príncipe com um ramo de alecrim. 

A crendice popular usa o alecrim para afastar olho gordo. É considerada a erva da juventude eterna, do amor, da amizade e da alegria de viver.

Manjericão (Ocimum basilicum): é uma erva excelente quando se trata de feitiços de amor. Também funciona muito bem em magia de prosperidade, e para atrair riqueza. Ele é envolto de cultura espiritual e simbologismos, sendo, inclusive, considerada sagrada entre alguns povos hindus, por representar Tulasi, esposa do deus Vishnu. A tulsi é considerada uma planta sagrada no subcontinente indiano, e é estimada pelo senhor Vishnu. Ela simboliza a pureza.


Mirra (Commiphora myrrha): uma planta de relatos presentes inclusive na Bíblia. Conhecida pelo poder de purificação,  ou seja, por fazer uma limpeza das impurezas do espírito. Protege a pessoa contra energias ruins. É indicada para ser cultivada em locais de meditação. Cria um bom ambiente para preces, meditações e trabalhos espirituais. Segundo a Bíblia, a mirra foi, além de ouro e incenso, um dos três presentes dados ao Menino Jesus pelos Reis Magos, no Evangelho de Mateus. 


Pimenta (Capsicum):  Antigamente, na Ásia, a pimenta era usada em um conjunto de amuletos, a fim de afastar maus espíritos. Esta superstição persiste até os dias atuais, o que leva as pessoas a usarem uma ou mais pimentas para afastar maus olhados, inveja e similares, em pulseiras, brincos, pendurados em portas, como amuletos ou talismãs contra as energias ruins. Muitas culturas utilizam a pimenta como amuletos da sorte, ou seja, contra as energias negativas uma vez que sua característica mais marcante, ser ardida e de coloração forte, afasta os maus espíritos, o mau olhado e a inveja. Não obstante, a pimenta, considerado um alimento com grande poder, é também muito utilizada na bruxaria, nos rituais e nas oferendas. Na Umbanda, a pimenta e considerada um alimento quente e, por isso, associado ao fogo e utilizado por alguns mentores espirituais, como Preto Velho e o Exu, com o intuito de renovação espiritual e limpeza de energias. É considerada um símbolo da sexualidade. Por ser de coloração forte, viva e possuir ardor incomparável, a pimenta muitas vezes está associada aos desejos carnais, uma vez que a expressão "picante" denota o prazer, quente, o excitante e o provocante na relação. Ademais, a maioria dos formatos são pontiagudos o que de certa maneira, está associado ao falo, órgão reprodutor masculino.


Rituais de Purificação

Banho com o chá de alecrim

Além do óleo essencial, também é possível tomar banho com o chá de alecrim. Esse ritual ajuda a eliminar mágoas profundas, além de promover uma limpeza energética e purificação. A dica é preparar uma infusão com alguns galhos de alecrim e depois do banho jogar a mistura no corpo, do pescoço para baixo. Esse banho deve ser feito uma vez por semana.

Banho Zen para afastar as energias negativas


Se você quer ficar zen afastando assim, todas energias negativas que te rodeiam durante o dia, tome este banho com ervas.

Para afastar o mau olhado e tirar aquele famoso peso nos ombros você vai precisar de:

Vela branca
Folhas de hortelã
Folhas de manjericão
Folhas de alecrim

Todas as folhas têm que ser frescas.

Ferva dois litros de água, coloque num balde e macere as folhas abafando com uma toalha. Ou seja, coloque as folhas dentro do balde com a água quente e tampe com uma toalha.

Leve o balde para seu banheiro, acenda a vela, apague a luz e abra o chuveiro.

Ao tirar a roupa, imagine saindo junto a energia ruim como uma casca, e entre no banho.

Tome banho sem pressa, e enquanto a água cai no seu corpo, imagine energias negativas caindo ralo abaixo.

Pronto, agora tire as folhas do balde com a mão mesmo e jogue a água do balde em seu corpo do pescoço para baixo.

Enxágue suas mãos no chuveiro e desligue-o.

Vista-se e leve a vela com você para um local seguro para terminar de queimar.

Você vai sentir um enorme alívio no corpo.

Faz sucesso este banho aromático.

Se tiver banheira em casa, jogue direto dentro dela a água macerada do balde. Cuidado com as folhas caso seja uma hidromassagem. Retire-as antes.

Vaso de 7 Ervas para proteção do lar

Aí vai um passo-a-passo para montar o Vaso 7 Ervas, famoso por reunir plantas consideradas poderosas, que espantam as energias negativas e atraem sorte, prosperidade e bons fluidos.

Escolhendo as plantas para o vaso


Não existe uma regra rígida sobre quais são as sete espécies de plantas usadas na montagem deste vaso. A escolha das plantas pode variar dependendo da região do país, mas a versão mais usada é esta:

•Arruda (Rutagraveolens)
•Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp.)
•Pimenta (Capsicumannuum)
•Espada-de-são-jorge (Sansevieriatrifasciata)
•Manjericão (Oncimumbasilicum)
•Alecrim (Rosmarinusofficinalis)
•Guiné (Petiveriaalliacea)


Boa sorte!

5 comentários :

  1. fui criada pela minha avó e ela benzia... tentei não aprender pois ela dizia ser um fardo grande uma vez que, algumas vezes, o mal da outra pessoa ficava nela. Por isso explicava do porque beber uma pinguinha, para espantar esses males. Tentei não aprender mas com um pouco de esforço, consigo lembrar das palavras de rezas dela. Hoje com 47 anos, penso que daria uma boa benzedeira pois tenho uma intuição bem aguçada. Minha avó nasceu numa comunidade chamada Vendinha, próxima de Belo Horizonte, mas nunca ouvi falar desse lugar. Gostei muito do post embora eu queria saber mais. Obrigada!

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    1. Gostaria de entrar em contato contigo meu zap 21964117898 me chamo Vanessa...Sou ligada a tbm a terra a natureza e a rezar as pessoas.

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  2. Que legal seu comentário! Eu também fui criada pela minha avó. E ela me levava para benzer. Tinha uma tia que benzia. Voltava para casa mais leve. Vou tentar escrever mais sobre esse assunto e retomar meu blog que anda um pouco esquecido. Um abraço para vc, Andrea!

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    1. Adriana gratidão me chamo Vanessa adorei seu blog . Gostaria de poder conversar contigo 21964117898.

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